domingo, 16 de setembro de 2012

CUIDE DO SEU AMIGÃO NA VELHICE....

                            NUNCA O ABANDONE... ELE PRECISARÁ DE VOCÊ.......


       O dono deve ficar atento e conhecer as doenças que podem acometer seu animal a partir de 7 ou 8 anos de idade. Com isso, ele poderá preveni-las ou diagnosticá-las a tempo do animal receber o tratamento adequado. Isso certamente prolongará a vida de muitos cães.
1. Calcificações nas vértebras da coluna ("bico de papagaio"), hérnia de disco e artrose:
Muito comum em cães idosos e obesos. O animal pode começar a mancar e ter dificuldade de pular ou subir em locais mais altos, como um sofá. Quando palpado na região da coluna, ele sente dor. O quadro pode progredir e o animal passa a ter incoordenação nos membros (cruza as pernas traseiras ao andar), não consegue mais se levantar, urina e defeca em qualquer lugar (incontinência).
O desgaste das articulações (artrose) também é comum nessa idade. O diagnóstico dessas patologias É feito através do raiox simples e/ou mielografia (radiografia da coluna vertebral usando contraste).
Como tratar: está ocorrendo compressão dos nervos e inflamação na região da coluna afetada pela hérnia ou calcificação. O cão deve repousar e ser medicado pelo veterinário com antiinflamatórios e analgésicos. O cão que apresentar sinais graves, como paralisia, deve ser submetido a exames como raio-X e mielografia para avaliar o grau da lesão. O animal não deve tomar banho ou ser submetido a temperaturas frias durante o tratamento ou quando tiver crises de dor. Em alguns casos, o tratamento é cirúrgico.
No caso de artrose, o tratamento consiste na administração de analgésicos e antiinflamatórios. Em todos os casos É possível associar-se terapias alternativas como a fisioterapia e acupuntura
2. Doenças do coração
Uma grande porcentagem dos cães idosos tem alguma alteração cardíaca, principalmente nas válvulas do coração. Muitos animais compensam essas disfunções e vivem bem, sem sinais clínicos. Outros apresentam sinais claros de cardiopatia, mas o dono não sabe reconhecer. Cansaço além do normal durante os passeios, tosse que pode ser confundida com um engasgo após exercícios, ofegação e língua arroxeada após uma situação de excitação, são sinais de um cão cardiopata. O animal deve ser examinado pelo veterinário, que indicará um eletrocardiograma e/ou um ecocardiograma para avaliá-lo.
Como tratar: É importante que o proprietário esteja atento, para que o animal seja medicado no início da doença. Mesmo não apresentando sinais clínicos, o animal idoso deve ser examinado pelo veterinário anualmente. Constatada a cardiopatia, o animal será medicado e os sinais deverão desaparecer. Isso prolongará em muito a vida do cão. Cães cardiopatas não devem ter peso acima do normal (obesidade) ou ser submetidos a longas caminhadas forçadamente
3. Catarata:
A catarata é uma condição em que o animal vai perdendo a visão gradativamente, uma vez que o cristalino (estrutura interna do olho) vai tornando-se translúcido. Quando observado á luz, o olho do animal tem manchas esbranquiçadas. Com o passar do tempo, a catarata evolui e o animal passa a não enxergar, já que o cristalino está totalmente opaco e o animal tem os olhos bastante esbranquiçados.
Como tratar: diagnosticada precocemente, a catarata pode ser tratada para que sua evolução seja mais lenta. Nem todos os casos respondem bem ao tratamento. No caso de cegueira, existe cirurgia para catarata em animais. Algumas raças apresentam predisposição á catarata e ela pode aparecer precocemente, em animais novos.
4. Insuficiência renal crônica
Quando o rim perde a sua capacidade de selecionar o que É bom ou mau para o organismo e não consegue mais reter a água, temos um quadro de insuficiência renal crônica. Os sinais são emagrecimento, ingestão exagerada de água, urina em grandes quantidades, perda de apetite, vômitos e anemia.
Como tratar: na verdade, a insuficiência renal crônica é um quadro que leva o animal á morte, pois o rim, que é o filtro do organismo, não funciona mais. Ele deixa passar substância importantes como vitaminas, e retém toxinas que deveria eliminar. Porém, diagnosticado a tempo, o animal pode ter uma sobrevida com uma mudança alimentar e complementos vitamínicos. A hemodiálise é feita em alguns países. O transplante de rins, embora seja uma cirurgia feita em cães nos cursos de medicina humana, infelizmente não é executado na medicina veterinária em função do custo da cirurgia.
5. PIOMETRA:
Cadelas idosas que apresentem sinais de perda de apetite, vômitos, aumento súbito do volume do abdômen, corrimento vaginal intenso e apatia, devem ser encaminhadas ao veterinário imediatamente. A piometra é uma infecção uterina que acomete cadelas idosas. O útero se enche de secreção purulenta e o animal se intoxica pela absorção desse pus pelo organismo.
Como tratar: O único tratamento eficaz na maioria dos casos é a cirurgia com retirada do útero e ovários e antibioticoterapia. Preconiza-se a castração de cadelas jovens como prevenção da piometra na fase adulta.
6. TUMORES:
Nem todo tumor é um câncer. Nas cadelas, o tumor mais comum é o mamário. Tumores de mamas são frequentes e podem ser percebidos facilmente pelos proprietários como um ou vários nódulos nas mamas das cadelas. A maioria dos tumores de mama é benigna, mas o veterinário deve acompanhar a evolução e indicar a cirurgia de remoção, caso ache necessário. A biópsia é sempre indicada após a remoção de qualquer tumor. Todo nódulo que aparece em um cão, idoso ou não, deve ser avaliado pelo veterinário. O diagnóstico precoce pode salvar ou prolongar a vida de um animal com câncer.
Como tratar: pode-se recorrer á remoção cirúrgica e/ou quimioterapia. A radioterapia em cães é realizada em alguns países.
7. DIABETES:
Ela pode aparecer em qualquer cão. Cães idosos e/ou obesos podem se tornar diabéticos. O cão diabético torna-se magro, embora coma muito. Bebe água exageradamente e urina demais. Pode apresentar um quadro de catarata associado.
Como tratar: A administração de insulina é feita em cães para o controle da doença na maioria dos casos. Veja mais detalhes em: diabete
8. PERDA DOS DENTES:
É algo que o dono pode e deve prevenir. O cão perde os dentes, normalmente, pelo acúmulo de tártaro. Os animais devem ser avaliados anualmente desde jovens, e a prevenção e/ou remoção do tártaro (quando necessário) devem ser feitos. Quando o dono percebe que a boca do seu cão cheira mal, é hora de visitar o veterinário. O ideal é fazer a prevenção. Muitas vezes, quando é feita a limpeza de tártaro, muitos dentes já estão perdidos. Alimentar o animal com ração seca pode ajudar a prevenir o tártaro, além de outras medidas. Veja detalhes em: odontologia
Quanto à alimentação, vale ressaltar que existem rações para cães mais velhos (rações senior). Dê preferência a elas para animais acima de 7 anos.


Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)
http://www.duasmaosquatropatas.com.br/artigos_geriatria.html


3 comentários:

  1. oh amei o blog'
    amo cachorro tenho três.
    e estou muito triste descobri que minha cachorra mais velha tem diabetes e que a glicose dela esta 294 e hoje foi o primeiro dia em que aplicamos a insulina nela, muito dificil pois ele e um pouco valente.. Ela se chama missara e tem 11 anos.
    Amei o blog e vou divulgar e estou seguindo tambem tenho um blog caso queira me visitar http://causoaress.blogspot.com.br/

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    1. Que legal ! muito obrigada! estou meio sem tempo e com uma internet ruim, mas estou cheia de idéias para continuar a escrever! vou dar uma espiadinha no seu blog!!! bjs Martine

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