O dono deve ficar atento e conhecer as doenças que podem acometer seu
animal a partir de 7 ou 8 anos de idade. Com isso, ele poderá preveni-las ou
diagnosticá-las a tempo do animal receber o tratamento adequado. Isso
certamente prolongará a vida de muitos cães.
1. Calcificações nas vértebras da coluna ("bico de
papagaio"), hérnia de disco e artrose:
Muito comum em cães idosos e obesos. O animal pode começar a mancar e
ter dificuldade de pular ou subir em locais mais altos, como um sofá. Quando
palpado na região da coluna, ele sente dor. O quadro pode progredir e o
animal passa a ter incoordenação nos membros (cruza as pernas traseiras ao
andar), não consegue mais se levantar, urina e defeca em qualquer lugar
(incontinência).
O desgaste das articulações (artrose) também é comum nessa idade. O
diagnóstico dessas patologias É feito através do raiox simples e/ou
mielografia (radiografia da coluna vertebral usando contraste).
Como tratar: está ocorrendo compressão dos nervos e inflamação na
região da coluna afetada pela hérnia ou calcificação. O cão deve repousar e
ser medicado pelo veterinário com antiinflamatórios e analgésicos. O cão que
apresentar sinais graves, como paralisia, deve ser submetido a exames como
raio-X e mielografia para avaliar o grau da lesão. O animal não deve tomar
banho ou ser submetido a temperaturas frias durante o tratamento ou quando
tiver crises de dor. Em alguns casos, o tratamento é cirúrgico.
No caso de artrose, o tratamento consiste na administração de
analgésicos e antiinflamatórios. Em todos os casos É possível associar-se
terapias alternativas como a fisioterapia e acupuntura
2. Doenças do coração
Uma grande porcentagem dos cães idosos tem alguma alteração cardíaca,
principalmente nas válvulas do coração. Muitos animais compensam essas
disfunções e vivem bem, sem sinais clínicos. Outros apresentam sinais claros
de cardiopatia, mas o dono não sabe reconhecer. Cansaço além do normal
durante os passeios, tosse que pode ser confundida com um engasgo após
exercícios, ofegação e língua arroxeada após uma situação de excitação, são
sinais de um cão cardiopata. O animal deve ser examinado pelo veterinário,
que indicará um eletrocardiograma e/ou um ecocardiograma para avaliá-lo.
Como tratar: É importante que o proprietário esteja atento, para que o
animal seja medicado no início da doença. Mesmo não apresentando sinais
clínicos, o animal idoso deve ser examinado pelo veterinário anualmente.
Constatada a cardiopatia, o animal será medicado e os sinais deverão
desaparecer. Isso prolongará em muito a vida do cão. Cães cardiopatas não
devem ter peso acima do normal (obesidade) ou ser submetidos a longas
caminhadas forçadamente
3. Catarata:
A catarata é uma condição em que o animal vai perdendo a visão
gradativamente, uma vez que o cristalino (estrutura interna do olho) vai
tornando-se translúcido. Quando observado á luz, o olho do animal tem manchas
esbranquiçadas. Com o passar do tempo, a catarata evolui e o animal passa a
não enxergar, já que o cristalino está totalmente opaco e o animal tem os
olhos bastante esbranquiçados.
Como tratar: diagnosticada precocemente, a catarata pode ser tratada
para que sua evolução seja mais lenta. Nem todos os casos respondem bem ao
tratamento. No caso de cegueira, existe cirurgia para catarata em animais.
Algumas raças apresentam predisposição á catarata e ela pode aparecer
precocemente, em animais novos.
4. Insuficiência renal crônica
Quando o rim perde a sua capacidade de selecionar o que É bom ou mau
para o organismo e não consegue mais reter a água, temos um quadro de
insuficiência renal crônica. Os sinais são emagrecimento, ingestão exagerada
de água, urina em grandes quantidades, perda de apetite, vômitos e anemia.
Como tratar: na verdade, a insuficiência renal crônica é um quadro que
leva o animal á morte, pois o rim, que é o filtro do organismo, não funciona
mais. Ele deixa passar substância importantes como vitaminas, e retém toxinas
que deveria eliminar. Porém, diagnosticado a tempo, o animal pode ter uma
sobrevida com uma mudança alimentar e complementos vitamínicos. A hemodiálise
é feita em alguns países. O transplante de rins, embora seja uma cirurgia
feita em cães nos cursos de medicina humana, infelizmente não é executado na
medicina veterinária em função do custo da cirurgia.
5. PIOMETRA:
Cadelas idosas que apresentem sinais de perda de apetite, vômitos,
aumento súbito do volume do abdômen, corrimento vaginal intenso e apatia,
devem ser encaminhadas ao veterinário imediatamente. A piometra é uma
infecção uterina que acomete cadelas idosas. O útero se enche de secreção
purulenta e o animal se intoxica pela absorção desse pus pelo organismo.
Como tratar: O único tratamento eficaz na maioria dos casos é a
cirurgia com retirada do útero e ovários e antibioticoterapia. Preconiza-se a
castração de cadelas jovens como prevenção da piometra na fase adulta.
6. TUMORES:
Nem todo tumor é um câncer. Nas cadelas, o tumor mais comum é o
mamário. Tumores de mamas são frequentes e podem ser percebidos facilmente
pelos proprietários como um ou vários nódulos nas mamas das cadelas. A
maioria dos tumores de mama é benigna, mas o veterinário deve acompanhar a
evolução e indicar a cirurgia de remoção, caso ache necessário. A biópsia é
sempre indicada após a remoção de qualquer tumor. Todo nódulo que aparece em
um cão, idoso ou não, deve ser avaliado pelo veterinário. O diagnóstico precoce
pode salvar ou prolongar a vida de um animal com câncer.
Como tratar: pode-se recorrer á remoção cirúrgica e/ou quimioterapia.
A radioterapia em cães é realizada em alguns países.
7. DIABETES:
Ela pode aparecer em qualquer cão. Cães idosos e/ou obesos podem se
tornar diabéticos. O cão diabético torna-se magro, embora coma muito. Bebe
água exageradamente e urina demais. Pode apresentar um quadro de catarata
associado.
Como tratar: A administração de insulina é feita em cães para o
controle da doença na maioria dos casos. Veja mais detalhes em: diabete
8. PERDA DOS DENTES:
É algo que o dono pode e deve prevenir. O cão perde os dentes,
normalmente, pelo acúmulo de tártaro. Os animais devem ser avaliados
anualmente desde jovens, e a prevenção e/ou remoção do tártaro (quando
necessário) devem ser feitos. Quando o dono percebe que a boca do seu cão
cheira mal, é hora de visitar o veterinário. O ideal é fazer a prevenção.
Muitas vezes, quando é feita a limpeza de tártaro, muitos dentes já estão
perdidos. Alimentar o animal com ração seca pode ajudar a prevenir o tártaro,
além de outras medidas. Veja detalhes em: odontologia
Quanto à alimentação, vale ressaltar que existem rações para cães mais
velhos (rações senior). Dê preferência a elas para animais acima de 7 anos.
Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)
http://www.duasmaosquatropatas.com.br/artigos_geriatria.html
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oh amei o blog'
ResponderExcluiramo cachorro tenho três.
e estou muito triste descobri que minha cachorra mais velha tem diabetes e que a glicose dela esta 294 e hoje foi o primeiro dia em que aplicamos a insulina nela, muito dificil pois ele e um pouco valente.. Ela se chama missara e tem 11 anos.
Amei o blog e vou divulgar e estou seguindo tambem tenho um blog caso queira me visitar http://causoaress.blogspot.com.br/
Que legal ! muito obrigada! estou meio sem tempo e com uma internet ruim, mas estou cheia de idéias para continuar a escrever! vou dar uma espiadinha no seu blog!!! bjs Martine
ExcluirLindaaa!!! ❤😍❤😍
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